Arquivo Municipal

Situado nas imediações dos Paços do Concelho, o Arquivo Municipal foi inaugurado no dia 14 de Maio de 2005. Definindo-se como um espaço de memória coletiva do concelho, é um serviço especializado que tem como missão a identificação, a valorização, a preservação e a divulgação do património arquivístico do concelho, possibilitando o acesso de todos os que tenham curiosidade pela história, sendo uma importante fonte de investigação científica.

Este serviço foi criado especialmente para reunir, recolher, selecionar, conservar, tratar, gerir e difundir toda a documentação que pelo seu valor administrativo, probatório e histórico – cultural, constitua documentação de arquivo e propriedade do município ou de que este se constitua fiel depositário (art. 4º do Regulamento do Arquivo Municipal de Manteigas).

Paralelamente à sua missão de salvaguarda e difusão do património histórico do concelho, cabe ao Arquivo assumir e implementar um conjunto de estratégias que o aproximem do cidadão garantindo-lhe um serviço de qualidade e o acesso continuado à informação.

 

Compete-lhe fundamentalmente:

  • Gerir os arquivos dos diversos órgãos e serviços do município de Manteigas, coordenando toda a política de avaliação e seleção de documentos.
  • Recolher e tratar tecnicamente os arquivos e conjuntos documentais pertencentes a outras entidades do concelho com interesse histórico, patrimonial, arquivístico e/ou informativo, concedendo-lhes todo o apoio técnico-arquivístico necessário.
  • Assegurar o serviço de leitura presencial da documentação que se encontra à sua guarda, assim como responder às solicitações dos serviços camarários.
  • Promover uma política cultural de divulgação do património documental e recursos informativos do concelho, mediante a promoção de iniciativas culturais e educativas de diversa natureza, designadamente: a organização de exposições temáticas, ciclos de conferências, visitas guiadas dirigidas essencialmente à comunidade escolar, acompanhadas de oficinas pedagógicas – ações que dão a conhecer a história do concelho, sensibilizando os jovens e demais população para a valorização e salvaguarda do património arquivístico do concelho.

Criar um espaço adequado para a instalação do acervo documental da autarquia era uma velha aspiração e uma necessidade do concelho. Durante muito tempo o espólio documental da câmara encontrou-se disperso pelas salas e em espaços sem condições adequadas para a sua conservação e preservação. O sótão era o lugar de eleição para a arrumação da documentação acumulada ao longo dos anos, local esse com elevado risco de insegurança e também sem a possibilidade de disponibilizar aos estudiosos toda essa documentação. Este panorama desadequado, de falta de condições físicas e ambientais, de procedimentos inadequados no ingresso no arquivo e ausência de um regulamento, levou à tomada de consciência da urgência em se proceder ao tratamento arquivístico dessa massa documental e iniciar todo um processo de gestão integrada do arquivo.

As novas instalações foram possíveis a partir do momento em que a Câmara Municipal no ano 2000 se candidatou ao PARAM – Programa de Apoio à Rede de Arquivos Municipais -, financiado pelo Ministério da Cultura, através de um acordo de colaboração com o Instituto dos Arquivos Nacionais/ Torre do Tombo. A sua inauguração teve lugar no dia 14 de maio de 2005.

O Arquivo Municipal enquanto arquivo público e propriedade da Câmara Municipal tem à sua guarda essencialmente documentos produzidos, recebidos e acumulados pelos serviços da Câmara e Assembleia Municipal, no âmbito das suas funções ou atividades desenvolvidas, desde a época medieval à contemporânea. Inicialmente com valor probatório, parte dessa documentação rapidamente ganha valor histórico ao ser utilizada para o estudo da história local.

Presentemente, integram o espólio do Arquivo Municipal documentos datados desde o ano 1302 até à atualidade, sendo que o acesso à consulta será possível através do catálogo on-line a disponibilizar brevemente.

O Arquivo Municipal tem assumido ao longo da sua existência um papel de agente cultural. Se por um lado a sua principal missão é a gestão integrada da documentação do município, assumindo uma ação fundamentalmente administrativa, por outro lado, compete-lhe desenvolver um conjunto de ações que garantam a transmissão às gerações futuras de todo um legado histórico que se traduz como um bem cultural.

A visão que a comunidade tinha dos arquivos, cujo conceito era associado aos «papéis velhos», ao «arquivo morto» a «espaços obscuros e húmidos», foi sendo gradualmente alterada aos longo dos últimos 25 anos, dando lugar a uma nova dinâmica em que o arquivo assume um papel preponderante quer na organização documental e apoio à gestão administrativa dos municípios, quer na difusão do património documental que conserva, através da organização de atividades de carácter cultural que permitam à sociedade conhecer e valorizar a sua memória histórica.

Nesse sentido, o Arquivo Municipal tem organizado um conjunto de exposições documentais temáticas relacionadas com a realidade local e atividades que decorreram ao longo dos tempos.

Além disso, houve também lugar a ciclos de conferências, edição e reedição de publicações, elaboração de instrumentos de descrição do seu espólio documental, organização de roteiros pela vila, também dirigidos às crianças e à comunidade em geral e demais ações de índole cultural enquadradas no plano de atividades do município.

O Arquivo Municipal de Manteigas desenvolve também diversas atividades lúdico- pedagógicas, visando essencialmente divulgar o seu acervo, a sua missão e funções, bem como todo o trabalho desenvolvido pelos profissionais ao seu serviço, promovendo ao mesmo tempo a expressão e formação cultural das crianças e jovens. Trazer a comunidade escolar a este espaço cultural e sensibilizá-los para a importância da informação e da memória escrita são os objetivos deste programa.

No âmbito deste programa realizam-se visitas orientadas onde os interessados, após uma visita às instalações, podem participar nas seguintes ações: Atelier Viagem ao Mundo do Escrivão, o Atelier Exploração dos Símbolos: os SMS’s do passado e o Atelier A Minha Árvore de Família.

Estas atividades decorrem ao longo de todo o ano mediante marcação prévia (10 dias de antecedência).

Paralelamente a estas atividades e visitas, o Arquivo, aproveitando as férias da Páscoa, do Verão ou do Natal, promove frequentemente junto dos mais jovens outras ações com dinâmicas semelhantes.                      

Informações adicionais:

  • Os pedidos deverão ser endereçados ao Presidente da Câmara Municipal de Manteigas, via carta ou email, sendo que a confirmação se fará pelas mesmas vias. No caso das escolas, deverão indicar o número de alunos e identificação dos professores responsáveis.
  • Em caso de alteração ou anulação da atividade por qualquer uma das partes envolvidas, deve ser comunicada com a devida antecedência.
  • O Serviço Educativo, no caso das escolas, trabalha apenas com uma turma de cada vez, com exceção de turmas inferiores a 10 alunos.
  • Para qualquer esclarecimento contacte o responsável do Arquivo Municipal.

Objetivos:

– Divulgar o Arquivo Histórico, a sua missão e objetivos;
– Proporcionar aos cidadãos um contacto direto com as atividades;
– Sensibilizar as populações, dando-lhes a conhecer o valioso património documental de que o arquivo é detentor.
– Dinamizar a instituição e a comunidade envolvendo os seus diversos agentes.

Âmbito: Integradas numa política de divulgação e abertura à comunidade, permitirão aos interessados conhecerem o funcionamento das áreas técnicas do Arquivo Municipal, por norma inacessíveis ao público.

A visita é acompanhada pelo arquivista e está dividida em duas partes: circuito do documento, desde a incorporação no arquivo até estar disponível à consulta e o circuito do utilizador.

Destinatários: estabelecimentos de ensino ou qualquer tipo de organização ou associação que tenha curiosidade em tomar contacto com a realidade dos arquivos e conhecer a instituição.

Duração: 60 minutos

Nota: No caso das escolas, a visita orientada poderá ser complementada com um dos ateliers disponíveis.

Objetivo: Dar a conhecer sumariamente as alterações ao nível dos suportes e instrumentos de escrita que foram sendo utilizados ao longo dos tempos, chamando a atenção para a importância do papel dos escribas e a arte das iluminuras.

Âmbito: Após a apresentação da história da evolução da escrita , dos seus suportes e instrumentos, os participantes tomam contacto com esses materiais, nomeadamente: pergaminhos, papiros, ardósias podendo, ao mesmo tempo, experimentar escrever com esses utensílios caídos em desuso: penas, ponteiros, canetas com aparos, entre outros.

Destinatários: Comunidade escolar (Pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º Ciclos)

Duração: 90 minutos

Objetivo: Dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelos paleógrafos na transcrição de documentos de outras épocas, trabalho esse também desenvolvido pelos arquivistas.

Âmbito: Oficina de leitura e interpretação de textos medievais. Os grupos tentarão fazer uma leitura do texto apresentado explorando os símbolos do passado – abreviaturas que ainda hoje se utilizam, por exemplo, quando se escreve um simples sms a um amigo.

Destinatários: Comunidade escolar (2.º e 3.º Ciclos e Secundário)

Duração: 90 minutos

Objetivo: Facultar algumas diretrizes que ajudarão o participante na construção da sua árvore genealógica.

Âmbito: Apresentação do tema com indicações de como se inicia uma Genealogia, quais as fontes a ter em conta, assim como os dados que deverão ser recolhidos. Finalmente, são fornecidas diretrizes para a elaboração de uma folha de recolha de dados dando-se início à construção da árvore de família de cada participante.

Destinatários: Comunidade escolar (1.º, 2.º e 3.º Ciclos)

Duração: 90 minutos

Regulamentos



Nome Descrição
Certidão da entrega do foro do púcaro d’água a Gouveia

Conflitos entre concelhos limítrofes sempre houve ao longo da existência dos mesmos, tendo atingido em alguns casos graves proporções como no caso das lutas entre a Covilhã e Castelo Branco e menos gravosas entre Gouveia e Manteigas.

Livros de registo do lançamento do novo imposto de bestas e criados de luxo

Os documentos em estudo refletem de certa forma o cenário vivido nos municípios no início do século XIX. O poder municipal era discreto. Os rendimentos municipais eram pouco elásticos, as receitas das pequenas câmaras eram quase inexistentes. Quando as dificuldades financeiras se agravavam, como ocorreu frequentemente a partir do final do século XVIII, a solução era aumentar a pressão tributária sobre as populações

Auto de Câmara sobre as cruzes que delimitam o concelho

O concelho de Manteigas que hoje é constituído por quatro freguesias - S. Pedro, Santa Maria, Sameiro e Vale de Amoreira-, nem sempre contou com os mesmos limites territoriais. Ocorreram ao longo dos tempos diversas alterações e foram inúmeras as divergências com as povoações vizinhas, designadamente: Covilhã, Gouveia, Seia e Guarda.

Rol de Montados e Manifesto dos Gados de Lãs

Ainda que apresentem designações diferentes, os documentos que agora se apresentam não são mais do que um conjunto de registos de cabeças de gado miúdo existentes nesta vila durante quase um século, cuja finalidade se prendia com a cobrança do imposto do Montado.

Cedência ao Rei dos padroados das Igrejas de São Pedro e Santa Maria

Documento comprovativo da cedência dos padroados das Igrejas de S. Pedro e Santa Maria ao Rei D. Manuel I com a condição de proverem as ditas Igrejas de todos os ornamentos necessários.

Treslado do Tombo dos bens móveis e de raíz do concelho de 1560

Documento fundamental para o conhecimento da estrutura agrária do concelho em finais do século XVI.

Alvará do Rei D. João III à vila de Manteigas fazendo-lhe mercê para sempre da Vedoria dos Panos

Documento que terá desencadeado a criação da indústria de lanifícios em Manteigas

Foral Manuelino

Documento de 04 de março de 1514.

Sentença de desagravo dirigida aos moradores de Manteigas por não pagarem maninhos das terras que lavrassem

Documento de 19 de novembro de 1520.

Livro de Câmara, 1590-1595

Com capa em suporte pergaminho, teve início aos dez dias do mês de janeiro de 1590 com registos até março de 1595.

Mapas Turísticos, 1950?-1971

Conjunto de flyers e mapas turísticos do concelho de Manteigas e da Serra da Estrela, dos anos 50/70, documentos que integram o espólio do Arquivo Municipal, na Subsecção com a designação Comissão Municipal de Turismo.

Mapas de registo de frequência de alunos do concelho, 1883

Registo de frequência de alunos das freguesias da vila e registo de frequência de alunos da freguesia de S. João Batista (Sameiro).

Localização
Lat: 40.40081486393818
Long: -7.541671693325043
Rua 1.º de Maio 6260-101 Manteigas



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