Encerramento da Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Sameiro

Câmara de Manteigas interpela Ministra da EducaçãoFace às notícias veiculadas sobre o possível encerramento da Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Sameiro, a Câmara Municipal de Manteigas remeteu no dia 23 de Junho de 2010 uma carta à Ministra da Educação manifestando total discordância e inconformismo sobre o assunto, sentimento que aliás já tinha sido transmitido à Directora Regional de Educação do Centro.
O Município de Manteigas argumenta que «encerrar escolas, é uma decisão completamente oposta a qualquer estratégia de desenvolvimento rural, e a qualquer estratégia de combate à desertificação. Não se pode manter a população em meios rurais se lhe forem retirados os equipamentos públicos a que têm direito».
Apesar de considerar, por si só, estes argumentos plausíveis, a Câmara Municipal adianta ainda que «a sala que pretende o Governo encerrar tem óptimas condições de funcionamento, é espaçosa, bem iluminada, e possui todo o equipamento didáctico e pedagógico necessário; tem meios audiovisuais, equipamento informático e rede internet Wireless; tem espaço envolvente para as várias actividades a desenvolver, está próxima da pré-primaria, o que permite um bom relacionamento interciclos. Para além disso, a escola de acolhimento encontra-se lotada, sem condições de receber mais alunos. A cantina tem cinquenta crianças a quem todos os dias servem refeições e sem possibilidade de servir mais».
A Autarquia evoca que caso «se confirme o encerramento da Escola, as crianças serão deslocadas para Manteigas com todo o constrangimento inerente ao seu transporte, sendo necessário providenciar um funcionário para o acompanhamento das crianças. A Câmara Municipal, não tem possibilidade de fornecer esse transporte nem tampouco pode contratualizar pessoal para o necessário acompanhamento».
Por estas razões, a Câmara Municipal de Manteigas discorda totalmente com o encerramento da Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Sameiro, que «face ao número de alunos com mais de três anos, prevê-se que continue a manter um número aceitável (treze alunos), garantindo-se a pretensão de melhorar as condições de ensino e aprendizagem».