“No verão de 1643, o jovem piomontês Roberto de la Grive naufraga nos Mares do Sul. Sobe a bordo de um navio deserto, frente a uma ilha que não consegue alcançar. Diante dos seus olhos, um ambiente aparentemente acolhedor, pleno de maravilhas, mas de… suspeitas ameaças. Sozinho, num mar desconhecido, Roberto de la Grive vê pela primeira vez na vida céus, estrelas, águas, aves, plantas, peixes e corais que não sabe como nomear.
É este o recurso ficcional que Umberto Eco constrói para uma fascinante e iluminada apresentação do mundo da ciência do séc. XVII, das razões de Estado à Guerra dos Trinta Anos, e a um cosmos no qual a Terra já não ocupa o centro do Universo.
Roberto vive a sua aventura através da memória – paixões insatisfeitas, duelos, cercos, intrigas de espionagem à sombra de dois cardeais – na espera de aportar a essa ilha que – como se verá – está longe não só no espaço, mas também no tempo.”
Opiniões sobre o livro
“[…] Umberto Eco de volta aos pormenores históricos que o tornaram num dos mais suculentos escritores”
“O mais literário dos romances de Umberto Eco é talvez a mais poderosa metáfora que o autor construiu sobre o nosso tempo. […] É a mais surpreendente das suas narrativas.”
Breve biografia de Umberto Eco
Umberto Eco (1932-2016) foi um eminente filósofo, medievalista e semiólogo italiano. Estreou-se na narrativa com o Nome da Rosa (Prémio Strega 1981), a que se seguirem vários romances. Entre as suas numerosas obras ensaístas (académicas e outras) destacam-se: O Signo, Os Limites da Interpretação, Kant e o Ortitorrinco.