As Feiras Francas Anuais foram instituídas também na mesma sessão da Câmara Municipal e tinham lugar nos dias 19 de Março e nos dias 14 e 15 de Agosto de cada ano.
A realização o mercado mensal e das duas feiras francas tinham lugar em várias praças e ruas da Vila de Manteigas.
Na acta da sessão acima referida constam os lugares de venda e os respetivos artigos e produtos que a seguir se transcreve: “..que o largo da Praça sirva para uso dos tendeiros, quinquilheiros, ourives, latoeiros chapeleiros e calçado e mais artigos equivalentes; que o largo de São Pedro sirva para as vendas de bois e cavalgaduras; que o largo da Batalha sirva para a venda de aves e peixe; que o Largo da Liberdade para hortaliças, frutas, batatas, castanhas, cereais e legumes; o Largo D. João de Castro para louças e cestos; a parte colectada de traz da Igreja de Santa Maria até à fonte do picão para gado suíno; o de S. Marcos para gado caprino e lanígero; o Largo da Restauração para madeiras e telha; a entrada em frente da Igreja de Santa Maria botiquineiras e jogos lícitos e da rua que atravessa a mesma estrada até ao ribeiro da vila para lenhas e carvão…”
Nesta matéria é de referir também a venda ambulante, prática muito comum em Manteigas. A este tipo de venda ficou ligada uma figura típica, que, pese embora não fosse natural de Manteigas, era acarinhada e estimada por todos e com a qual esta terra ficou eternamente relacionada, a D. Clotilde dos Requeijões.