Publicações
O caderno vermelho…
“N não é uma menina, é karateca.
(N é a segunda letra do seu nome.)
N tem 14 anos, quase 15, e o seu maior sonho é ser cinturião negro e beijar Raul.
N gosta de escrever, mas prefere lutar com o Raul
(Escrever é uma seca)”.
O Cavaleiro de Olivença
E se Joana, a Louca, rainha de Castela tivesse amado um cavaleiro português?
“No último título da trilogia dedicada por João Paulo Oliveira e Costa aos “amigos do rei”, a figura central é Joana, a Louca. Filha dos Reis Católicos, mãe do poderoso Carlos V, irmã das duas primeiras mulheres de D. Manuel I, Joana Ficou para a história como a possessiva mulher de Filipe, o Belo. Acusada de excessos por alguns, foi afastada do poder e enclausurada em Tordesilhas. Mas quem mais teria Joana amado? Voltou a rainha a apaixonar-se depois da morte de Filipe? Teve no seu íntimo outros amigos? Sobre estas interrogações se constrói uma fabulosa história de amor que tem por cenário a Europa trepidante do século XVI.”
O elefante de Marfims
“Uma história de amor, aventura e intriga na Sevilha dos finais do século XVIII, que vem mostrar-nos que as grandes decisões são que se tomam com o coração.
O terramoto de 1755 decidiu o destino de dona Júlia, a jovem viúva e proprietária da mais célebre da tipografia de Sevilha. Nesse dia 1 de Novembro encontra-se na catedral a honrar a memória dos mortos quando tudo em seu redor começa a tremer. O facto de sobreviver àquele desastre parece ter despertado nela os seus sonhos mais íntimos e, horas mais tarde, não hesita em entregar-se àquele que haveria de ser o grande amor da sua vida, León de Montenegro…”
O filho de mil homens
“Através de um desdobramento magistral de personagens estranhas e únicas, Mãe oferece-nos uma espécie de catálogo da extraordinária variedade dos elementos da nossa espécie e das admiráveis qualidades de cada um deles.” Alberto Manguel, Préfácio
“Raramente a literatura universal produziu um texto tão sensível e humano quanto este. O filho de mil homens é uma obra da ourivesaria literária de Valter Hugo Mãe. Uma experiência de amor pela humanidade que explica como, afinal, o sonho muda a vida.
Crisóstomo, um pescador solitário, ao chegar aos quarenta anos de idade, decide fazer o seu próprio destino. Inventa uma família, como se o amor fosse sobretudo a vontade de amar.
Sempre com a magnífica capacidade poética de Valter Hugo Mãe, esta história é um elogio a todos quantos resistem para além do óbvio.”
Nascimento e povoamento
Após a reconquista dos territórios aos Muçulmanos, os reis e alguns poderosos senhores da nobreza e do clero fundaram concelhos e Manteigas não foi exceção. Desde finais do século XI que se assistiu por todo o país ao povoamento de recônditos lugares. Exemplo marcante foi o distrito da Guarda, um dos preferidos dos nossos primeiros reis.
A atribuição de uma carta de foral constituía, pois, uma medida que visava incentivar o povoamento de terras de difícil acesso e desenvolver culturas pouco rentáveis. Tendo como principal inimigo o muçulmano e com o perigo eminente de incursões oriundas de Badajoz e Cárceres, D. Sancho I procede a uma profunda reorganização do território de forma a consolidar o que tinha sido conquistado, uma preocupação em povoar zonas fronteiriças de forma a consolidar a defesa. Além disso era extremamente importante adequar leis às populações que regessem as suas atividades, os seus costumes e que focassem questões relacionadas com a sua proteção e fiscalidade.
É neste espírito que D. Sancho I concede forais a Gouveia (fevereiro de 1186), Covilhã (setembro de 1186), Folgosinho (outubro de 1187), Centocellas, atual concelho de Belmonte (1199) e Guarda (novembro de 1199).
Historicamente, Manteigas terá nascido oficialmente entre 1186 e 1188. Ainda que o seu certificado de nascimento – carta de foral concedida por D. Sancho I – se tenha perdido no tempo, não existe qualquer dúvida quanto à promulgação de tal diploma, pois o Foral de 1514, aquele que é o foral que o município guarda, faz referência expressa à existência de um foral outorgado por D. Sancho I:
«Achamos per foral del rey dom Sancho primeyro que os tributos foros e direitos reais na dita villa se deuem e ham de arrecadar e pagar daquy em diante na maneyra e forma seguinte…»
Da análise sumária feita à cronologia dos forais da região, presume-se que Manteigas tenha tido o seu primeiro Foral entre 1186 e 1188, isto porque tendo Seia recebido carta de foral em 1136, Gouveia e Covilhã em 1186 e Folgosinho em 1187, não existe em nenhum desses documentos qualquer referência a Manteigas relativamente aos limites desses concelhos, o que nos leva a pensar que a Carta de Foral a Manteigas seja posterior a 1187, podendo aceitar-se o ano de 1188 como sendo o da criação do foral e do concelho.
Apesar de não existirem registos referentes à ocupação de Manteigas antes do século XII, há indícios que levam a acreditar numa provável existência, já no tempo dos romanos, de uma povoação com alguma importância na área onde hoje se localiza Manteigas., afirmação que merecerá naturalmente algumas reservas. Analisada a toponímia, poderá associar-se o local Campo Romão a um lugar fortificado ocupado pelo homem no tempo dos romanos.
Um outro lugar próximo de S. Gabriel designado de Vargem do Castro estará associado a uma ocupação mais antiga do que a romana, pois a designação crasto > castro, indicativo de recinto fortificado, poderá ter correspondência com ruínas ou vestígios arqueológicos de um tipo de povoado, da Idade do Cobre e da Idade do Ferro, anterior à chegada dos Romanos a esta região.
Um outro vestígio terá sido a existência de uma lápide na antiga Igreja de Santa Maria que comemoraria a passagem de Júlio César por esta região, à frente das suas tropas, datada de 50 a. C. O seu desaparecimento estará ligado à reconstrução da frontaria da dita igreja no ano de 1876, onde a placa se encontraria incrustada ou à sua inserção nos alicerces da igreja de Santa Maria aquando a sua reconstrução em 1935.
Também terá sido encontrada, na primeira ou segunda década do séc. XX, no Ribeiro dos Bacelos, perto do Tinte, em Manteigas, uma moeda romana, um «denarius» de prata, ainda do tempo da República Romana, talvez de cerca de 112 a.C., mandado cunhar por Manius Aemilius Lepidus (informação mencionada num artigo do jornal local Ecos de Manteigas, n.º 341, de 12-01-1969).
Quanto à passagem de povos germânicos (suevos e visigodos) não há qualquer referência. Mas dos povos muçulmanos fala-se num emirato que servirá de suporte à Lenda de Alfátema, a lenda de uma princesa moura encantada, associada à reconquista pelos cristãos dos territórios ocupados pelos mouros a partir de 710.
Naturalmente que se tratam de dados insuficientes que merecem algumas reservas, mas que deverão ser tidos em consideração. Na verdade, até ao ano de 1220 não existe qualquer documento que mencione a vila de Manteigas, sendo que esta data diz respeito a Sameiro, que só em 1835 foi adstrito ao concelho de Manteigas na sequência da reorganização administrativa de D. Maria II. O termo Sameiro surge numa carta de foral concedida nesse ano por D. Guilherme Raimundes, que pretendia povoar uma herdade que possuía in riba mondego, et est in termi no felgosino. Transcreve-se aqui uma das disposições:
«Vizino de vila noua per totum regnum Portugal non pectet calumnia nisi per foro de Zameiro»
Referências antigas sobre Manteigas surgem nas Inquirições de D. Afonso III, em 1258, sobre os impostos em géneros que eram pagos pelos habitantes de Manteigas. Com o objetivo de saber o que pertencia à Coroa e o que abusivamente andava na posse dos particulares, o monarca procedeu a inquirições por todo o país. Relativamente a Manteigas, os inquiridores registaram os seguintes impostos: vinho, cevada, uma vaca, porcos, carneiros, cabritos, ovos, manteiga, mel, sal, farinha, vinagre, lenha, alhos e cebolas, de onde se deduz que seriam estes os produtos que se cultivavam e os animais que se criavam.
Transcreve-se essa parte do documento:
“De Manteigas 300 paes e de vinho cinquo puçaaes e som pella nossa medida III pucaaes e huũ’ almude e meo e de cevada dez carteiros e som pella nossa medida V moios e cinquo algueires e hũ’a vaca e três porcos VII carneiros com o do alfeire e quatro cabritos e duzentos ovos e huũ’ alqueire de mel e huũ’ alqueire de sal e huũ alqueire de farinha e huũ almude de vinagre e duas carregas de lenha e duas restes de alhos e duas de cebolas e por acafram (sic) e por pimenta huũ’ maravedil.”
No século XVI os cinquo puçaaes de vinho equivaliam a vinte e cinco almudes, isto é, seiscentos e vinte e cinco litros, numa zona sem as mínimas condições para o cultivo da vinha, como ainda hoje acontece. Todavia, estas disposições vieram a desaparecer tendo sido substituídos estes géneros por um único imposto em dinheiro no tempo de D. Dinis.
Sublinha-se o pormenor dos pães, farinha e ovos. Tal como a cevada, os pães e farinha pressupunham a produção de cereais. Se tivermos em conta que haveria poucos concelhos que fossem obrigados a pagar uma quantidade tão grande de pães e de ovos, isto será sinónimo de uma riqueza e de uma enorme produção, talvez das maiores do Reino, segundo a opinião de João L. Inês Vaz. Difícil será explicar esta situação se tivermos em conta o contexto geográfico do concelho e as fracas acessibilidades. Talvez a explicação possa estar relacionada com a densidade populacional resultante da atribuição do primeiro foral a Manteigas, aspeto revelador do objetivo atingido pelo ‘monarca povoador’.
No Arquivo Municipal de Manteigas o documento mais antigo remonta a 1302 e refere-se a um compromisso de dívida dos vizinhos de Manteigas feito pelos representantes dos mesmos. 4 de dezembro de 1524 é a data do último pergaminho, que corresponde a um Alvará de D. João III dado à vila de Manteigas fazendo-lhe mercê para sempre da ‘Vedoria dos Panos’.
Além desses testemunhos, existe uma série documental sob o título ‘recibos do pagamento do imposto da colheita’, também designado por «jantar» e «parada», imposto inicialmente constituído por géneros mas que com o passar do tempo foi substituído por uma contribuição em numerário, como já sucedia na época no caso de Manteigas.
No Foral Novo de Manteigas há referência aos impostos que os moradores tinham de pagar em cada ano. Entre outros, os moradores pagavam por ano:
«Cinquo mil e quatrocentos reais de colheyta que se montam nas cento e cinquoenta livras em que ho dito gentar foy apreçado quando per El Rey dom denjs foram mudados nas ditas cento e cinquoenta livras os sesenta maraujdus douro por que na primeyra pouoaçam a dita colheyta foy posta pera a qual paga poderam lançar finta…»
Na frase ‘por que na primeyra pouoaçam a dita colheyta foy posta’, deve-se interpretar como a primeira vez que Manteigas foi povoada ou desde o princípio do seu povoamento, promovido por D. Sancho I – afirmação reveladora da certeza que o monarca tinha relativamente ao passado histórico da vila, o que pressupõe também que existiriam documentos no tombo real que teriam referências sobre Manteigas.
Também num despacho de 1520 dado por D. Manuel I, sobre uma petição dos habitantes de Manteigas, surgem indicações da fundação da vila:
«que os Reys destes Regnos antepassados vendo como a dita villa era despovorada por ser terra muito esterilli de muito trabalho e ser lloguar metido no meio da serra da estrella honde as gentes areceavam acentar vivenda, concederão aos moradores da dita villa muitos privillégios…»
Ora, a expressão ‘a dita villa era despovorada’ não se refere apenas a uma povoação cuja população tivesse desaparecido e fosse repovoada, mas sim à fundação de um povoado, de uma vila, sede de um concelho e à organização do território do ponto de vista económico, fiscal, jurídico, entre outros.
Esta sentença de desagravo de 1520 é o documento demonstrativo da luta pela preservação dos direitos dos habitantes de Manteigas. Trata-se de um despacho de D.Manuel I que vem confirmar o único privilégio dos moradores de Manteigas de que se tem a certeza de vir exarado no foral antigo de D. Sancho I.
O privilégio de que se está a falar diz respeito à fruição dos maninhos. Os moradores poderiam usar os maninhos do concelho sem pagarem qualquer imposto, pois a este respeito diz-se no foral manuelino:
«nom se leuam manos aos moradores da dita villa das terras somente que laurarem dentro do seu limite porque quanto lhe foy dado pollos senhorios passados confirmado per nossa carta. E asy por este nosso foral para sempre.»
Esta regalia que remontaria ao tempo de D. Sancho I seria uma forma de atrair povoadores para as regiões despovoadas, como seria a da Serra da Estrela, com condições climáticas adversas quer ao Homem quer à prática da agricultura.
Fruto da reforma administrativa ocorrida em 1896, o concelho foi extinto em 26 de junho desse ano e anexado ao da Guarda durante cerca de ano e meio, vindo a ser restaurado em 13 de janeiro de 1898. Para tal restauração, em tão curto espaço de tempo, muito terá contribuído o papel preponderante de Joaquim Pereira de Mattos, ilustre industrial manteiguense, que propôs adquirir e transferir para Manteigas uma importante unidade industrial de lanifícios radicada em Portalegre. Mas fortes influências ter-se-ão movido no sentido dessa transferência não se concretizar e Joaquim de Mattos impôs como condição para desistir da ideia, que o concelho de Manteigas voltasse a ser restaurado, o que veio a verificar-se a 13 de janeiro de 1898.
O quadro que não quer acabar
“O Nicolas e a Katia não imaginavam as aventuras em que se iam meter, quando pediram à avó que lhes pintasse um quadro para cobrir a parede nua do quarto…”
“Uma história em que a imaginação das crianças se confunde com a realidade, tendo como tema as diferentes formas de encarar a vida que cada um escolhe para si.”
O Recruta
Os agentes CHERUB T~EM TODOS MENOS DE DEZASSEIS ANOS. Vestem calças de ganga e t-shir’s. Parecem jovens perfeitamente normais…mas não são.
Eles são profissionais treinados, enviados para missões de espionagem contra terroristas e traficantes de droga temidos internacionalmente. Mas, para efeitos oficiais, estas crianças não existem. James é o mais recente recruta da CHERUB. É brilhante a matemática e a CHERUB PRECISA DELE Esperem-no cem dias terríveis de recruta.
A aventura está a a começar
O Rei Rique e outras histórias
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 3º, 4.º, 5.º e 6.º anos de escolaridade
“Este livro traz-nos a voz inconfundível de Ilse Losa, uma das figuras maiores da literatura portuguesa para os mais novos. São cinco contos breves divertidos, imbuídos de fantasia, a que não falta porém uma crítica fina e atual a certos comportamentos sociais e até a respeitáveis instituições. Coloquial e discretamente desafiadora, a escrita de Ilse Losa irmana-se nesta obra coma as ilustrações de um grande pinto, Júlio Resende.”
O reino
“Dom Afonso Henriques tinha uma vontade: tudo fazer para cumprir o pacto secreto assinado entre seu pai, Dom Henrique, e o seu tio, Dom Raimundo, conquistando terras a sul até encontrar o mar e lutando para que o reino da Galiza fosse unificado sob a coroa das terras portucalenses, ocupando toda a faixa ocidental da Hispânia.
Nessa luta conta com o apoio do borgonhês Bernard de Clairvaux, São Bernardo, o Monge de Cister, líder da poderosa Ordem do Templo de Salomão e conhecido na Europa como a consciência da cristandade, zelador de Deus, educador de Papas e exorcista de heresias.”
“O Reino é um romance histórico baseado nos conhecimentos atuais sobre os factos que estiveram na origem da formação de Portugal. O livro retrata a vida de Dom Afonso Henriques e a complexa teia de relações que levou ao nascimento e reconhecimento de Portugal como um novo reino.”
O último reino
Nos ombros de um homem recai o destino de uma nação
“Nascido entre a nobreza de Inglaterra, Uhtred é o herdeiro das terras de Bebbanbur na Nortúmbria. Aso 10 anos foi para a guerra pela primeira vez e viu o seu pai morrer em combate. Raptado pelos vikings, tornou-se primeiro escravo e, depois, um filho para Ragnar, o o Destemido.
O destino tronou-o um guerreiro viking, mas o destino também trouxe traição. E essa traição levou-o até Alfredo, Rei de Wessex, o último reino a resistir à invasão dos vikings. A quem será Uhtred fiel?”
“Em O último reino, Cornwell transporta-nos para uma passado violento e apaixonante, onde testemunhamos o nascer de Inglaterra e de toda uma nova era”