Publicações
Freguesia de Vale de Amoreira
Fundo Municipal de Emergência Social
Visa a atribuição de um apoio, de natureza pontual e temporária, com objetivo primordial de minorar ou suprir situações de carência económica de indivíduos e/ou famílias, prevenir o agravamento da situação de risco social em que estes se encontram e promover a sua inclusão.
O gatuno e o extraterrestre trombudo
Prémio Branquinho da Fonseca – Expresso ● Gulbenkian 2011
“O gatuno já não sabe o que há-de fazer. A sua pacata vida de gato ficou de repente ameaçada pela chegada de um ser muito estranho, todo verde, com rodinhas e uma tromba enorme através da qual respira cheira e come! Mas a ele não o enganam, não. Aquilo é de certeza um extraterrestre, um alien igualzinho aos que aprecem na televisão. Esta criatura do outro mundo quer certamente apoderar-se do seu território, especialmente a marquise lá de casa, e ganhar o afeto dos donos, todo para que ele, pobre gato, passe para segundo plano. Mas o Gatuno não vai em cantigas e fará o que poder para enfrentar o inimigo e para que tudo volte a ser como dantes.”
Geminação de Morlaàs – Manteigas
Em Manteigas, o ano de 2014 foi particularmente rico em efeméridas, nomeadamente, as que se referem a acontecimentos marcantes do passado.
Para além dos festejos dos 500 anos do Foral de Manteigas, concedido por D. Manuel I, em 1514, assinalaram-se os 100 anos decorridos sobre a Primeira Guerra Mundial, na qual o Corpo Expedicionário Português teve uma participação ativa, a partir de 1917, na frente da Flandres Francesa, mas também os 40 anos da Revolução dos Cravos, este golpe de estado militar, mundialmente conhecido, por ter restaurado a democracia, sem qualquer derramamento de sangue, após quatro décadas de ditadura.
Finalmente, no passado mês de outubro, uma delegação manteiguense composta por 9 pessoas deslocou-se a Morlaàs, a fim de participar nas comemorações do 25.º aniversário da geminação de Morlaàs e Manteigas, mas também de Morlaàs e a vila alemã de Tostedt. A cerimónia oficial, que juntou as três delegações, ocorreu no dia 26 de outubro e consistiu na plantação de mais uma árvore no «espaço europeu», na assinatura de novo acordo de geminação, na troca de lembranças, mas sobretudo nos notáveis discursos, proferidos pelos três autarcas.
Destaca-se que, para o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Manteigas, José Manuel Cardoso «a geminação de vilas, conceito nascido no pós Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de fortalecer os laços entre as nações europeias e das reconciliar, enquanto troca de experiências em todos os domínios, estímulo à constituição de laços individuais e coletivos, ao longo dos encontros, é catalisadora de novos comportamentos. Conduz os habitantes das vilas envolvidas, a respeitarem-se e enriquecerem-se mutuamente, enquanto indivíduos, enquanto representantes de outra cultura e enquanto membro de uma mesma comunidade, a dos cidadãos europeus».
Em 25 anos de geminação e, apesar de algumas oscilações, as vilas de Morlaàs e Manteigas criaram fortes laços de amizade e têm um passado rico em trocas de experiências, algumas especialmente proveitosas, como foi a criação da Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas.
De destacar ainda as numerosas visitas efetuadas em ambos sentidos de delegações oficiais, jovens, idosas, bandas filarmónicas, coletividades, desportistas, entre outros.
Quanto ao futuro da geminação, não parece haver dúvidas, para a delegação manteiguense presente nas comemorações, que haverá uma necessária e imperiosa continuação do estreitamento dos laços entre as duas comunidades de Morlaàs e Manteigas.
General Póvoas
Álvaro Xavier da Fonseca Coutinho Póvoas, fidalgo da Casa Real, comendador das Ordens de Cristo e da Torre e Espada, senhor das comendas de Mirandela e de Santa Maria, da Covilhã, cavaleiro da ordem de Avis, condecorado com a Cruz de Ouro da Guerra Peninsular. Nasceu na Guarda a 7 de Setembro de 1773 e faleceu na sua quinta de Vela, nas proximidades da Guarda, a 29 de Novembro de 1852. Filho de António Manuel das Póvoas de Brito Marecos, fidalgo da Casa Real e ouvidor do Brasil, e de sua mulher, D. Mariana Vitória de Castro Sousa e Almada.
Matriculou-se na Universidade de Coimbra, onde frequentou o primeiro e segundo ano do curso de Direito, mas ao assentar praça de cadete na cavalaria n.º 11, a 28 de Setembro de 1792, altera a sua formação para a área da Matemática, concluindo os estudos e obtendo a formatura em 1796. Foi um estudante muito distinto alcançando sempre os primeiros prémios. Em Setembro do mesmo ano, foi despachado capitão duma companhia de cavalaria, que organizou à sua custa e na qual os seus irmãos António das Póvoas de Brito Coutinho e Francisco de Melo Póvoas, desempenhavam os cargos de tenente e alferes. Em 1803 foi promovido a major, em 1809 a tenente-coronel, e a coronel em 1812, servindo nestes postos em cavalaria n.º 7, que tinha sido encarregado de organizar.
Álvaro Póvoas foi um dos oficiais que o general francês Junot enviou para França com a divisão portuguesa em 1808. Todavia, regressa a Portugal com o general Soult em 1809, o qual abandona, vindo a integrar o exército aliado. Até ao fim da Guerra Peninsular sempre se distinguiu, e terminada a campanha foi despachado brigadeiro em 1815 e marechal de campo a 13 de Maio de 1820, sendo mais tarde promovido a tenente general a 26 de Outubro de 1832. Sendo ainda marechal de campo foi deputado ao congresso constituinte que se reuniu depois da revolução de 1820. Entre várias comissões de que foi encarregado, exerceu as de inspetor-geral da arma de cavalaria, e das ordenanças.
Seguindo o partido absolutista foi um dos mais dedicados partidários de D. Miguel. Além da condecoração pelos serviços prestados na Guerra Peninsular, já citada, obteve ainda outras condecorações, como a medalha Fidelidade ao rei e à Pátria (vulgarmente, medalha da guerra da poeira) com a efígie de D. Miguel.
O general Póvoas adquiriu grande destaque a partir de 1828, como comandante duma divisão realista, sendo ainda marechal de campo. D. Miguel desembarcou em Belém a 22 de Fevereiro de 1828. As tropas que, desde 1823 sempre se lhe haviam conservado fiéis, e principalmente depois da morte de D. João VI, em 1826, estavam emigradas em Espanha, tendo por chefe o general marquês de Chaves. Era regente do reino a infanta D. Isabel Maria, que para combater os realistas, em 1826, tinha, para além de mais de metade das tropas portuguesas, uma divisão inglesa de 6.000 homens, comandada pelo general Clinton. Após D. Miguel assumir a posição de regente, despede as tropas inglesas, que em 25 de Abril de 1828 embarcavam para Inglaterra, e admitiu a continuação ao serviço do exército liberal, que em 1826 e 1827 havia combatido contra as tropas realistas, não mandando regressar ao reino as tropas emigradas, com cuja fidelidade poderia contar. Esta cadeia de eventos resultou numa revolta de parte das tropas, no Porto, a 16 de Maio de 1828, depois de terem jurado fidelidade ao governo realista. D. Miguel organizou apressadamente um exército, com os poucos corpos que se lhe conservaram fiéis, como regimentos de milícias, alguns batalhões de voluntários e corpos de guerrilhas, atribuindo o seu comando ao marechal Póvoas, que marchou contra os revoltosos.
Em 1829, Álvaro Póvoas foi nomeado general das armas da Beira Alta, e em 1832 comandou a 2.ª divisão do exército de operações em frente do Porto. Neste posto, a sua mais notável proeza foi a vitória de Souto Redondo, a 7 de Agosto desse ano. Em 20 de Dezembro de 1833 foi-lhe atribuído o comando em chefe do exército realista. Pelo mau plano e péssimo resultado da batalha de Almoster, para os realistas, em 13 de Fevereiro de 1831, D. Miguel exonerou o general Póvoas do comando em chefe logo no dia 19, imediato à batalha, sendo substituído pelo general José António de Azevedo e Lemos.
Terminando a Guerra Civil em 1834 com a Convenção de Évora Monte, que determinava a rendição dos miguelistas, Póvoas retirou-se da vida pública, e só no princípio do ano de 1847, tendo já 73 anos de idade, é que tornou a aparecer na cena política.
Nesse ano, organiza uma força popular com que se apresentou à Junta do Porto, executando algumas operações contra as tropas do governo cabralista, que lhe renderam fama e prestígio. Em Fevereiro desse mesmo ano, partiu para Manteigas com as suas tropas para poder fugir dos seus inimigos. Cercados pelas tropas contrárias, que eram superiores em termos quantitativos, conseguiu escapar, fazendo uma retirada noturna pela Serra da Estrela, julgada impossível, fintando as forças governamentais do regime que tinham como certa a sua captura. Durante a sua estadia na vila de Manteigas, ficou instalado na conhecida Casa da Latada. O governo patuleia quis dar-lhe o título de Conde de Vela, que ele recusou, reiterando a mesma recusa quando o governo constitucional lhe fez igual oferecimento.
Faleceu na Quinta da Vela, localizada nas cercanias da Guarda a 29 de Novembro de 1852. Devido à sua coragem e dedicação ao país, na vila de Manteigas deram o seu nome à antiga Rua dos Conqueiros.
Ginástica Geriátrica 2015
Viver mais e melhor
A Ginástica Geriátrica foi um projeto desenvolvido pelo Município de Manteigas e administrado por uma técnica de desporto. Teve como principal objetivo, contribuir para a melhoria das capacidades físicas dos idosos, para a socialização, para a melhoria do bem-estar, da qualidade de vida, da memória, da concentração, da atenção e raciocínio no seu dia-a-dia. Também foi benéfica para a saúde e autoestima, onde aumentou a vaidade, a vontade de viver e o equilíbrio emocional.
Esta modalidade pretendeu desenvolver um conjunto de exercícios de modo a proporcionar um convívio salutar.
As aulas de desporto 2015 iniciaram-se a 05 de janeiro do corrente ano e terminaram a 29 de julho. Desenvolveram-se todas as segundas e quartas feiras das 14:00h às 14:50h no pavilhão gimnodesportivo e das 16:00h às 16:50h na antiga EB1 de Vale de Amoreira. As aulas foram efetuadas de uma forma descontraída, com o intuito de manter os idosos interessados na execução dos respetivos exercícios. As atividades foram acompanhadas com música e materiais diversos, mantendo sempre um clima relaxado e de boa disposição. Este projeto vai ter continuidade, estando previsto o início do próximo ano letivo, para o dia 02 de setembro.
Ginástica Geriátrica 2015
«Viver Mais e Melhor»
A ginástica geriátrica iniciou-se a 05 de janeiro e terminou a 31 de julho.
Realizou-se todas as segundas e quartas-feiras das 14:00h às 14:50h no pavilhão gimnodesportivo de Manteigas e das 16:00h às 16:50h na EB1 de Vale de Amoreira.
Participaram neste projeto 32 idosos com idades compreendidas entre os 65 e os 81 anos. Santa Maria foi a freguesia que apresentou maior número de participantes.
A ginástica localizada, a caminhada e a dança foram as modalidades mais desenvolvidas. No decorrer das aulas utilizaram-se materiais diversificados e adaptados ao grupo, de modo a estimular e melhorar capacidades físicas e cognitivas como o equilíbrio, a lateralidade, a coordenação, a agilidade, a flexibilidade, a atenção, a perceção e a memória.
Foi uma relação bastante enriquecedora, baseada no respeito, na amizade e no diálogo onde se proporcionou um ambiente bastante agradável, descontraído, alegre, divertido e atrativo.

Grandfondo Skyroad
Serra da Estrela
O mau tempo marcou a 1.ª edição do Granfondo Skyroad Serra da Estrela, realizada no dia 19 de julho.
Num cenário completamente atípico para o mês de julho, e muito mais severo do que apontavam as piores previsões, a Serra da Estrela registou naquele dia um cenário de verdadeira tempestade, sobretudo nas cotas acima dos 1.500 m, refletindo-se em situações de risco para os cerca de 750 atletas que compareceram neste evento, com muito deles a viverem episódios de hipotermia logo ao final das primeiras descidas de ambos os percursos.
Estas condições extremas obrigaram a organização a encurtar ambos os percursos (ambos com a meta inicialmente prevista na Torre), neutralizando a cronometragem de todos os atletas. Os participantes do Granfondo regressaram a Seia, depois da segunda passagem na Portela do Arão e após terem efetuado 71 km, dos 141 inicialmente previstos. Os atletas do Mediofondo terminaram o percurso em Manteigas, tendo a organização com o auxílio das entidades ligadas aos municípios de Seia e de Manteigas implementado um plano de transfers de atletas e bicicletas da Vila de Manteigas para Seia, garantindo o regresso de todos em segurança.
O facto de se realizar na Serra da Estrela, faz deste Skyroad um Granfondo de características únicas no nosso país, aproximando-o de outros eventos efetuados no estrangeiro em cenários de alta montanha, proporcionando aos atletas as sensações únicas da conquista dos grandes cumes e dos grandiosos horizontes, mas sujeitando a organização e os participantes às contrariedades da natureza que neste tipo de cenário podem atingir níveis de risco elevados e que obrigam a alterar muitos dos planos inicialmente traçados, com alterações de etapas, de percursos, etc. São todos estes condimentos que fazem destes cenários e das provas neles realizados desafios míticos.
A frustração dos muitos que não puderam atingir a meta na Torre é a mesma vivida pela organização e por todas as entidades parceiras, após muitos meses de preparação desta primeira edição do Skyroad Serra da Estrela. Contudo foi encarada por todos como mais uma demonstração do desafio que a Serra da Estrela representa e um incentivo suplementar para a participação em edições futuras e atingir a meta da Torre vivendo o simbolismo dessa experiência.
Outro dos registos que fica do balanço deste fim-de-semana é a constatação da capacidade das entidades de segurança ligadas ao território, nomeadamente aos municípios de Seia e de Manteigas de acionar um plano de segurança que permitiu que mais de 700 atletas regressassem sem riscos ao seu ponto de partida em Seia, demonstrando que a Serra da Estrela está preparada para receber eventos desta dimensão.
De enaltecer igualmente o esforço de todas as juntas de freguesia e associações do território que mobilizaram quase duas centenas de voluntários para este evento.
O Skyroad Serra da Estrela regressa em julho de 2015, esperando que o Verão faça jus ao seu nome permitindo a todos desfrutar das paisagens únicas da maior montanha de Portugal Continental.
A gravitação do amor
“Um livro de rara beleza, delicado e apaixonante”
“Quando Jimmie Darling é admitido no hospital psiquiátrico Beckomberga, nos arredores de Estocolmo, a sua filha Jackie, começa a passar cada vez mais tempo na instituição, até que esta se torna todo o seu mundo quando a mãe parte numa viagem de férias.
No hospital conhecemos o médico responsável. Edward Winterson, que às vezes leva Jimmie e outros doentes a grandes festas na cidade. “Uma noite passada fora do recinto do hospital torna-vos novamente humanos”, diz ele.
Conhecemos também Inger Vogel, uma “enfermeira angélica de socas”, que parece habitar um mundo entre a ordem e a devastação. Bem como a doente Sabina, objeto dos desejos tanto de Jimmie como de Edward, com as suas contas coloridas e a sua obsessão com a liberdade e a morte.
A Gravitação do Amor, um livro de uma beleza arrasadora, explora o amor de Jackie por Jim e o modo como tenta aproximar-se dele, tanto em criança como em adulta e já mãe, tendo sempre como pano de fundo Beckomberga, na dimensão quase mítica de anjo punidor e redentor de espíritos atormentados.
Hasta Pública da Escola de Sameiro
Ofício remetido pela Câmara Municipal à Junta de Freguesia de Sameiro, em 11 de abril de 2017, referente ao assunto da Escola de Sameiro.